O nefasto conto que vos relato
Daqui em diante, sentado em madeira
Sendo fiel à muitos aspectos
Na escuridão da noite circundado de espectros
Canto este conto ao pé da fogueira
Há muitos anos houvera,
Um homem alto
Sem enganos
Décadas se passam
E sua história permance eterna:
Nuvens escuras enchiam o céu de rugas
Rasgavam as nuvens os clarões de terror
Migalhas brancas caiam dos céus
À terra uma manta, leve como um véu
Misturando-se ao sangue
No campo sujo tal um mangue
Um deus gargalha
Com os olhos vermelhos de excitação
Olhando os céus, tendo um machado em mãos
Onde o relâmpago, assemelha o sangue
À sinistra cor de um pântano
Reluzindo no deus, os resquícios da batalha
Sentado
Sobre o corpo
Do já morto
Adversário
O deus grita:
"Vitória! Sangue e ferida
Glória! Vida e derrota"
Ergue o machado:
"A dor não me para em vida
A morte não me destroça!"
Rasga o crânio do já morto adversário.
(continua)
domingo, 8 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Acordo de um sonho
Se descubro o termo eterno
Se flexiono o amor no verso
Que me faz ser submerso?
Pois levanto e penso assim;
Pode faltar amor em mim?
Se ando a amar um amor amante
Se ando lunar em algum instante
Se colho flores por amar somente
A linda dama que caminha, ardente
Para amar em seus braços singelos encantos
Se o canto disfarço, desatando teus laços...
É porque vivo um sonhar, intenso
Pois sonho em viver, apenas penso.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Breve diálogo
Tema: Semana de arte moderna de 1922 e Elis Regina.
Breve diálogo
Entre, me acompanhe
Iremos caminhar em meio às estantes
-Por favor, pegue o champagne-
Esta noite quero me embriagar, mas antes...
Antes eu quero te mostrar , meu caro,
"Do carro enguiçado" "do corpo na cama"
Do verbo o disparo
Do mundo, em uma semana
Há noventa anos estamos nascendo,
Há trinta estamos ouvindo,
Aqui, deixo-te apenas um adendo:
"O limite da vida são as imperfeições,
o ocaso do sol, a chuva, o pingo,
Será a arte, lembranças de nossas ações?
Breve diálogo
Entre, me acompanhe
Iremos caminhar em meio às estantes
-Por favor, pegue o champagne-
Esta noite quero me embriagar, mas antes...
Antes eu quero te mostrar , meu caro,
"Do carro enguiçado" "do corpo na cama"
Do verbo o disparo
Do mundo, em uma semana
Há noventa anos estamos nascendo,
Há trinta estamos ouvindo,
Aqui, deixo-te apenas um adendo:
"O limite da vida são as imperfeições,
o ocaso do sol, a chuva, o pingo,
Será a arte, lembranças de nossas ações?
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domingo, 25 de março de 2012
Soneto de Transição
Oh tragédia! Aflição tamanha que me acomete
Sinistro destino, esse que me aperta
Oh dor infame que não me esquece!
Pois, ontem vi teu rosto embaixo das águas
Com os braços cruzados, tu emergia
Me responda amor, não estavas desperta?
Estavas pálida, qual esperança eu ainda tinha?
Estavas fria, meu coração em mágoas...
Quando tal conclusão atingiu meu seio, louco!
Os anjos, do céu vieram buscar teu corpo
E impiedoso em minha ira gritei:
"Acorde! Por amor, acorde meu bem!
Afastem-se anjos! Não a terão senão a mim também!
E fechando os olhos, no rio me atirei.
nota: L'Amour et Psyché, enfants. Pintura de Bouguereau.
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sexta-feira, 23 de março de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Sobre a busca da inspiração.
Hoje esse texto me saiu demasiado difícil de ser escrito, não sei qual dos males humanos me acomete, insatisfação, melancolia, um pouco de cada talvez, mas de forma sorrateira, escorregando os feixes de luz através da cortina que embaçava a minha criatividade consegui escrevê-lo, só não sei se pequei no tema que é a busca pela inspiração.
Gosto muito de variar as coisas, só para não se tornar rotineiro, de fato, hoje faltei na academia só pelo gosto de chegar mais cedo em casa, e não sei se é sorte, mas encontrei um dos meus irmãos perdidos pelas ruas, onde conversamos sobre temas diversos por mais de uma hora, se na academia, eu o não teria encontrado... será isso o que chamam de providência divina? Ahah, ou até mesmo destino? Nem a Filosofia responde. E justo pois, buscamos mais questionar do que solucionar, e apesar disto, com as poucas soluções que tomamos, passamos das pedras ao papel, da flor ao fruto, do homem e da mulher ao filho...
Às vezes mesmo sem saber onde certo caminho nos levará, ou sequer mergulhar em devaneios tortuosos a fim de encontrar a paz de espírito, ou simplesmente as soluções para questões que nos afligem, as vezes, mas só, decerto, poucas vezes, temos que jogar o pé no meio desse caminho, nos importar com o agora, ao invés de dançar às sombras das tragédias passadas, ou sonhar com glórias futuras, fazer a glória, viver a tragédia HOJE, antes que o dia termine! Exatamente isso que sinto hoje. Viu? Foi só exprimir a criatividade que ela jorrou em vertentes torrenciais! Hahah,, foste extraída como o veneno da ferida,
A propósito, me afastei do tema principal... simples, um análise sobre a forma como redigi esse texto mostra a exatamente a maneira como acho apropriada de se atingir a inspiração: a simples busca, o ato de ir e forçar a entrada nas portas da sabedoria e da contemplação.
sábado, 28 de janeiro de 2012
Amor
É tão belo, ver-te calma à dormir
O teu lento e quente respirar
A tua pele alva e macia a incutir
A doce melodia, em nosso leito, a nos unir
Oh, meu anjo, como descrever tal admiração
Sem despertar-te de teu sono?
No quarto, as peças de nossa última união
À nossa frente a eternidade num mar de outono
Num pomar divino deitamos às sombras
Destacamos a imortalidade duma maçã
Desejamos o amor por entre as ondas!
Um brinde a esta ode
Que infinda seja esta manhã
Beijos, meu doce, que a leve brisa te acorde.
O teu lento e quente respirar
A tua pele alva e macia a incutir
A doce melodia, em nosso leito, a nos unir
Oh, meu anjo, como descrever tal admiração
Sem despertar-te de teu sono?
No quarto, as peças de nossa última união
À nossa frente a eternidade num mar de outono
Num pomar divino deitamos às sombras
Destacamos a imortalidade duma maçã
Desejamos o amor por entre as ondas!
Um brinde a esta ode
Que infinda seja esta manhã
Beijos, meu doce, que a leve brisa te acorde.
Ouse gritar!
Que vulcões da eternidade
Ousarão se levantar
Para restabelecer a glória de outrora.
Ps: Ouse gritar! por antigos heróis.
Ousarão se levantar
Para restabelecer a glória de outrora.
Ps: Ouse gritar! por antigos heróis.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
O Primogênito de Balder
Eis que nas entranhas das lendas uma - não de menor importância do que outras - foi apagada pelo lento sopro dos ventos.
Numa vez, em que Balder cavalgava junto às margens do Dnieper, e ao pôr do sol senta-se para descansar, de súbito ele escuta uma doce e delicada voz, vinda de profundezas ínfimas e escuras, num balbuciar de encantos e sonhos ao qual mortal algum jamais ouviu, com exceção é claro, daqueles que por Ela foram confinados. Eis que em meio ao canto surge formando pequenas ondas naquele leito de água doce, a bela e encantadora boca que profetiza suas canções. Com longos cabelos rubros e pele alva. Após romper-se em sentimentos, o jovem Balder levanta-se de teu leito e finda os olhos na face da tal bela criatura marítima dizendo-lhe – Aproxima-te, ninfa.
E com tal beleza proclamou o dito, que foi juntar-se à beira do Rio, pois não é possível que ela visse em Balder um intruso, logo que tua face não merece insulto igual.
– Dizei-me teu nome, eu vos peço- disse Balder, educado que era. Mas não houve resposta, pois os olhos da ninfa pareciam afundar em profundos pensamentos, tão profundos quanto o Rio sobre o qual andava. Um passo foi dado pela ninfa em direção a grama, e tão silencioso era o local que Balder pudera ouvir a grama contraindo-se, se pelo menos deixasse de julgar estar sonhando. E em um rápido e instintivo instante Balder encontra os lábios da doce Wellhilde e então desperta chamas em seu coração, antes feito de cinzas. Balder não compreende e creio que como os velhos skáld diziam “ninguém pode compreender” o motivo da queda de Balder ao chão de Midgard, ele caiu e com certeza quem quer que tenha visto teve de rir, menos Wellhilde, pois ela o amou.
Wellhilde pousou nos braços de Balder no último resplandecer do Sol intruso, que há muito os observava, atrasando até a sua ida. Naquele fervor romântico, sob as luzes de Asgard, Wellhilde cedeu à Balder seu magnífico corpo jovem e como resultado do deleite de ambos nasce Oleifr, cujos olhos lhe é tomado pelos primeiros raios de sol do dia em que nascera. Wellhilde, um tanto atrás abandonara seus ofícios de Ninfa, deixando de proteger suas águas, pois no dia em que Oleifr viera à Midgard, Wellhilde estava submersa e com fins de salvar a vida de seu primogênito ela ergue-se um tanto sobre as águas e recosta-se sobre o chão, mas Oleifr nasce morto e junto leva a sua mãe. Indignado com o terrível destino que as Nornas haviam preparado para seu filho, Balder em lágrimas busca consolo no colo de sua mãe Frigga que decide intervir em favor do filho e não do destino.
Pois Frigga enrola o cadáver de Oleifr em seu grande tear de nuvens e escondido de todos os Aesires, - inclusive de Nanna a esposa de Balder- ela lança aos céus o jovem neto, este torna-se nuvem e por muito tempo ele voou nos céus de Midgard, escondido como divindade e esquecido por seu pai.
Pois chegará a hora, em que velhos problemas retornarão em busca de soluções.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Regresso
É bom voltar a escrever, pela primeira vez no ano, e justamente quando relembro os motivos da minha escrita; meus desabafos, minhas felicidades, minha ignorância e, nesses últimos dias, meus amores... pois é, fui pego de raspão por um amor difícil, não pretendo me aprofundar muito nesse caos, toquemos apenas a plana superfície desse oceano que é o amor, e ele nos puxa para as profundezas da vida...onde sem querer, nos afogamos =/
Mas nem tudo na vida se faz de dias cinzas, e me lembro que todos os dias são feitos das cinzas dos dias passados, pois então meu caro leitor, devemos prosseguir... ou continuar tentado, hehe.
E o próximo passo da minha vida, se resume em dar mais atenção à tudo, a academia, a mente, as pessoas que me rodeiam, e as que podem rodear, tudo! É hora de realizar meus sonhos, irmão, quero ficar bêbado, esgotado, e forçar a vida dentro de mim, dormir pouco e acordar cedo, só pra sentir o sono... quero dormir de tarde, matar as saudades, pensar embaixo das copas das árvores, ficar nervoso, me sentir calmo, sossegado, aflito e, principalmente, quero amar e ser amado^^
Boa noite lua, boa noite florestas... pássaros me acordem bem cedo amanhã, pois eu preciso contemplar o nascer do sol.
Feliz 2012, nunca é tão tarde para dizer.
Mas nem tudo na vida se faz de dias cinzas, e me lembro que todos os dias são feitos das cinzas dos dias passados, pois então meu caro leitor, devemos prosseguir... ou continuar tentado, hehe.
E o próximo passo da minha vida, se resume em dar mais atenção à tudo, a academia, a mente, as pessoas que me rodeiam, e as que podem rodear, tudo! É hora de realizar meus sonhos, irmão, quero ficar bêbado, esgotado, e forçar a vida dentro de mim, dormir pouco e acordar cedo, só pra sentir o sono... quero dormir de tarde, matar as saudades, pensar embaixo das copas das árvores, ficar nervoso, me sentir calmo, sossegado, aflito e, principalmente, quero amar e ser amado^^
Boa noite lua, boa noite florestas... pássaros me acordem bem cedo amanhã, pois eu preciso contemplar o nascer do sol.
Feliz 2012, nunca é tão tarde para dizer.
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