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domingo, 8 de abril de 2012

Nas Trevas

O nefasto conto que vos relato
Daqui em diante, sentado em madeira
Sendo fiel à muitos aspectos
Na escuridão da noite circundado de espectros
Canto este conto ao pé da fogueira


Há muitos anos houvera,
Um homem alto
Sem enganos
Décadas se passam
E sua história permance eterna:


Nuvens escuras enchiam o céu de rugas
Rasgavam as nuvens os clarões de terror


Migalhas brancas caiam dos céus
À terra uma manta, leve como um véu
Misturando-se ao sangue
No campo sujo tal um mangue
Um deus gargalha

Com os olhos vermelhos de excitação
Olhando os céus, tendo um machado em mãos
Onde o relâmpago, assemelha o sangue
À sinistra cor de um pântano
Reluzindo no deus, os resquícios da batalha

Sentado
Sobre o corpo
Do já morto
Adversário



O deus grita:
"Vitória! Sangue e ferida
Glória! Vida e derrota"
Ergue o machado:
"A dor não me para em vida
A morte não me destroça!"
Rasga o crânio do já morto adversário.


(continua)

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Universo de olhares


Denso e crepuscular
Na névoa do teu olhar...
Nasce uma estrela circular.



Acordo de um sonho


Se acordo no ermo inverno
Se descubro o termo eterno
Se flexiono o amor no verso
Que me faz ser submerso?


Pois levanto e penso assim;
Pode faltar amor em mim?
Se ando a amar um amor amante
Se ando lunar em algum instante

Se colho flores por amar somente
A linda dama que caminha, ardente
Para amar em seus braços singelos encantos
Se o canto disfarço, desatando teus laços...


É porque vivo um sonhar, intenso
Pois sonho em viver, apenas penso.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Breve diálogo


Tema: Semana de arte moderna de 1922 e Elis Regina.


Breve diálogo

Entre, me acompanhe
Iremos caminhar em meio às estantes
-Por favor, pegue o champagne-
Esta noite quero me embriagar, mas antes...

Antes eu quero te mostrar , meu caro,
"Do carro enguiçado" "do corpo na cama"
Do verbo o disparo
Do mundo, em uma semana

Há noventa anos estamos nascendo,
Há trinta estamos ouvindo,
Aqui, deixo-te apenas um adendo:

"O limite da vida são as imperfeições,
o ocaso do sol, a chuva, o pingo,
Será a arte, lembranças de nossas ações?