domingo, 25 de março de 2012
Soneto de Transição
Oh tragédia! Aflição tamanha que me acomete
Sinistro destino, esse que me aperta
Oh dor infame que não me esquece!
Pois, ontem vi teu rosto embaixo das águas
Com os braços cruzados, tu emergia
Me responda amor, não estavas desperta?
Estavas pálida, qual esperança eu ainda tinha?
Estavas fria, meu coração em mágoas...
Quando tal conclusão atingiu meu seio, louco!
Os anjos, do céu vieram buscar teu corpo
E impiedoso em minha ira gritei:
"Acorde! Por amor, acorde meu bem!
Afastem-se anjos! Não a terão senão a mim também!
E fechando os olhos, no rio me atirei.
nota: L'Amour et Psyché, enfants. Pintura de Bouguereau.
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sexta-feira, 23 de março de 2012
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